A Freguesia do Ó nos seus 433 anos de fundação - Parte 3

Fala de abertura da Festa, em 28 de agosto de 2013,
por: Benedito Camargo, na Casa de Cultura Salvador Ligabue, Freguesia do Ó, São Paulo, SP, Brasil


ATO INTER-RELIGIOSO
¬ A mesa foi composta pelo Exmo. Sr. Eduardo Peres Palia, digníssimo Subprefeito da Freguesia do Ó/Brasilândia que abriu a sessão. A fala de abertura - texto ao lado - coube ao Sr. Benedito Camargo, Católico, diácono da Arquidiocese de São Paulo e antigo morador no bairro. Outros líderes de Entidades Religiosas da Região; Igreja Assembléia de Deus , Kardecista, Evangélica Metodista e Umbanda.
A organização e direção dos trabalhos bem como a composição da mesa coube ao então Coordenador da Casa de Cultura Salvador Ligabue, Sr. Rodrigo Carvalho. As falas dos representantes das Entidades Religiosas presentes, se deu de acordo com o sorteio prévio.


Padre Noé Rodrigues e o Professor Salvador Ligabue
Professor João Machado
Rótulo da Caninha do Ó


Nossa vocação ao Diálogo e ao Acolhimento

Hoje, nossa Freguesia do Ó, vive uma grande efervescência de progresso e crescimento. Devemos isso a tantas pessoas, que entregaram suas vidas pelo bem do seu semelhante. Realizações importantes foram aqui aplicadas, desde a produção agrícola, a indústria, o comércio, o serviço, o voluntariado e também no campo da Assistência social. Daqui, desta nossa Freguesia do Ó, saiu a base do projeto que beneficiou toda nação brasileira, discutido em nossos Fóruns, idealizado pelo grande líder da Comunidade, Noé Rodrigues, que conseguiu o apoio e encaminhamento pelas mãos do saudoso Mário Covas, e que resultou na instituição do Estatuto do Idoso. Voltemos nosso olhar, também, para nossos professores e mestres, formadores de nossa gente. Quantos educadores nos ajudaram na caminhada, destaco o professor João Machado, e também nosso artista maior, o professor Salvador Ligabue, Patrono desta casa. É preciso valorizar mais as Pessoas. A Criatura humana foi, é, e será sempre nossa maior riqueza.

A vocação ao trabalho e ao acolhimento deve continuar a ser nosso principal objetivo. Por aqui num tempo não muito distante, havia alguns sitiantes proprietários de alambiques, que produziam aguardente de boa qualidade. Nossa região era produtora de uma cana-de-açúcar muito apropriada para o fabrico de uma excelente pinga. Mesmo antes de conhecer o termo que hoje está em moda, o famoso "franchising", ou franquia de uma determinada marca, nossos antepassados já realizavam o tal negócio. Todos utilizavam a marca "Caninha do Ó" para colocar no mercado seu produto. Foi tanta a fama que em todo canto se falava e consumia a tal caninha.

Somos Gente festeira, desde a formação do povoado, nascido e desenvolvido no entorno da igreja, lugar de pedir e agradecer a Deus tudo que precisamos e conquistamos. Prova disso é a atual Festa do Divino, nascida do meio do povo, como devoção popular, e que temos seu registro de acolhimento oficial pela Igreja, em 17 de dezembro de 1821. Nossa vocação, de acolher o passante, desde os tropeiros do ouro até hoje, teve no dia 18 de julho passado, momento de grande alegria e vibração, nesta Casa de Cultura, quando o coordenador, o senhor Rodrigo Carvalho recebeu inúmeros jovens provindos de muitos países do mundo, na Jornada Mundial da Juventude, e que saíram daqui maravilhados, pela calorosa acolhida do nosso povo, rumo ao Rio de Janeiro, para o encontro com o Papa Francisco.

Comemoramos 433 anos. - Valeu a pena?
Uma reflexão sobre o que foi negativo e positivo precisa ser feita. Com certeza tivemos muito mais razões para otimismo que lamentação. A união na busca de uma vida melhor e feliz, deve ser almejada por todos nós. Diálogo, acolhimento dignidade e direito. Livres nascemos, e somos iguais na diferença, tal consciência e prática, dará a todos nós, mais segurança e serenidade para avançar na busca da fraternidade.

Vivemos agora um momento especial para elevar nossos corações a Deus, por tudo de bom que conquistamos. Mais que bens materiais, precisamos buscar uma mudança de mentalidade. O acolhimento e o encontro com o outro, diferente de nós, se faz necessário. Queremos prestar culto ao Grande Outro, que cada um de nós concebe em seu imaginário religioso. Não importa o nome com que chamamos a Divindade que concebemos e veneramos, o respeito e o acolhimento ao diferente, nos trará mais motivações para nossa caminhada fraterna e solidária rumo ao futuro.

Parabéns ao nosso Povo. - Viva a Freguesia do Ó!


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