Homenagem aos Povos e Culturas que marcaram nosso chão

por
Benedito Camargo

Concília De Petta Abrahão

¬ Típica familia italiana


No livro; Historia dos bairros de São Paulo, vol 13 - Nossa Senhora do Ó, p105, editado em São Paulo em Dezembro de 1977, Máximo Barro, o autor, registrou em suas entrevistas muitos sobrenomes de imigrantes e seus descendentes, instalados na Freguesia do Ó e região. Algumas familias relacionadas: Inhasz, Halai, Sallai, Rafai, Szallai, Szaló, Mezei, Borsandy, Horvath, Kovacs, Bolog, Kiss, Tokács, Hajdu, Sarkozy, Marchini, Pieroni, Zampieri, Polli, Zvani, Finzeto, Mayers, Legramont, Aguiar e Fonseca.


¬ Auguste de Saint-Hilaire


Outras tantas familias encontramos em Boletins informativos da Paróquia Nossa Senhora do Ó, de 1957 até 1960. Eis a lista: Abrahão, Abrão, Alegrini, Barbanti, Barleta, Bataglia, Benetti, Bertucci, Bocchi, Bouman, Buzzo, Ceverny, Chinmei, Decaroli, Framiglio, Feres, Ferrari, Fornazari, Fredianeli, Gagliardi, Gannam, Gasparini, Hambacker, Jensen, Ligabue, Losinskas, Marchetti, Marques, Martinez, Mohamad, Mosquieto, Ortega, Passarelli, Path, Petraglia, Pilli, Sandrini, Santilli, Simioni, Szeollaixch, Tramontane, Uliana, Ulivieri, Vívolo, Yadoya, Wachsmit, Zanette, e Zioni.



¬ Japoneses vieram para a Brasilândia


* Alfred Usteri: Nascido em 1869 numa pequena aldeia da Suíça, desde pequeno tinha grande interesse pelas plantas. Com sete anos de idade começou a pintar plantas do ambiente do seu lar, despertando sua atenção às coisas em seu redor. Depois da sua formação escolar tornou-se aprendiz de horticultura. As experiências do trabalho aprofundaram o desejo de adquirir conhecimentos mais profundos e ele resolveu estudar botânica em Zurique. Para sua dissertação viajou para as Filipinas onde descobriu muitas espécies vegetais novas, ainda não conhecidas. Tornou-se assistente da Universidade de Zurique e em 1907, professor da USP de São Paulo, quando empreendeu diversas expedições no interior do Brasil.


Nestes dias quando acontece a "Copa 2014" de futebol, estamos convivendo com povos de todo o globo terrestre, e vem-nos ao coração o desejo de brindá-los com nosso afeto. A Freguesia do Ó foi marcada por registros que justifica a homenagem aos estrangeiros, homens e mulheres, que ajudaram a alavancar o progresso e a dar significado ao nosso bairro, outrora, um lugar de difícil acesso e longe da Vila de Piratininga.


¬ Crianças, filhos de alemães, na Rua Professor João Machado

Registros que acontecem desde a Origem

Antonio Preto, portugues, que segundo atesta um documento, aparece no primeiro registro biografico e genealogico como um dos donos do lugar. Tal personagem, afirma o documento, "foi um dos primeiros povoadores e conquistadores que houvera na dita vila"¹. Pelos relatos de Pedro Taques, Antonio Preto, o progenitor de Manuel Preto, teria vindo se estabelecer em São Paulo no ano de 1574².

As informações aqui recolhidas são registros sem uma ordem cronológica severa, tampouco levam em conta a importancia dos fatos aqui relacionados, entretanto, mencionamos pessoas de grande relevancia no seu tempo, que deixaram anotações que marcaram sua passagem pela região. O botânico Auguste de Saint-Hilaire que viajou pelo Brasil, passou por aqui em 1816 e deixa sua impressão sobre o lugar. Fala da fauna e também da coloração da vegetação existente entre os vales do Jaraguá até os meandros do tietê³.

Luiz D'Alincourt, portugues, no ano de 1830, deixa sua impressão sobre a colina onde está a igreja de Nossa Senhora do Ó que tem sua fachada voltada para a cidade. Registra ainda que na localidade se cultiva a cana de açúcar, utilizada para a fabricação de aguardente principal produto do lugar4.

Muitos outros grandes estudiosos passaram pelo bairro com especial destaque para Alfred Usteri*, um Botânico Suiço e professor da Escola Politécnica, que em 1911 publicou um livro sobre a vegetação dos arredores de São Paulo com a descrição da vegetação paulistana original incluindo fotografias de campos cerrados inclusive da Freguesia do Ó. Este estudioso deixou também um mapa de São Paulo onde aparece em destaque a Freguesia do Ó.
Miroma Amorim

¬ Escola Húngara da Freguesia do Ó, construida em 1940. Hoje no local está o Lar Pedro Balázs, Rua Ribeiro de Morais, 952

Acervo de Maria Halai                                 Josefa L. Camargo

¬ Dona Maria Halai quando jovem e em 2014. Seu marido foi um dos construtores do Lar Pedro Balázs onde hoje ela reside.

Uma Família que chegou, trabalhou e viu crescer os descendentes


¬ Casal Inhasz
Acervo de Margarida Inhasz

¬ A família Inhasz em sua chegada ao Brasil no ano de 1925


¬ A família Inhasz em setembro de 1974, quarenta e nove anos depois de sua chegada ao Brasil


1. Sesmarias, vol. 2º - bis, p.9
2. Luiz Gonzaga da Silva Leme, Genealogia Paulistana, vol. 8º, p.269
3. August de Saint-Hilaire, Viagem à Provincia de São Paulo, p.161-163
4. Luiz D'Alincourt, Memórias sobre a viagem do porto de Santos à cidade de Cuiabá, p. 44


Nossa gratidão a tantos Povos, Raças e Comunidades de Raizes Estrangeiras, que alavancaram o progresso e somaram esforços na construção da Freguesia do Ó.
Trouxeram consigo suas Crenças somada à Cultura, Culinária e Espiritualidade.

Fotos de Húngaros: Os Húngaros da Freguesia do Ó

Veja mais: Protagonismo Estrangeiro na Freguesia do Ó

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