Pedido de uma linha de Bonde para a Freguesia do Ó



por
Benedito Camargo


Documento acima datado de 27 de março de 1914, registra a situação na época, do transporte de pessoas na região.



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SANCHES, Valdir,
Ah, o bairro da Freguesia...,
Crônica dos 395 anos do bairro, Jornal da Tarde, 02 de Setembro de 1975.

Acima, o "Facsimile" do documento, em que o Partido Republicano informa ao então Capitão Tristão, que oficiou junto à Prefeitura, o pedido para que a linha do Bonde que vinha da cidade, até a Lapa, tivesse continuidade até a Freguesia do Ó. Teria a Light que providencia-la, já que o Prefeito achou justo o pedido, só que para tanto, uma ponte deveria ser construida para a passagem dessa linha.

Um jornal de 1975 dizia que o Bonde chegaria no tempo do coronel Tristão, chefe político de grande influência junto ao então prefeito da cidade, Washington Luiz. O tal meio de transporte era eficiente em qualquer condição de tempo. No entanto, foi dispensada a chegada do bonde, porque assim entendia a maioria dos moradores da Freguesia do Ó, por ser muito ruidoso e iria perturbar a calma do bairro, com ares de cidade do interior.

Dizia ainda o jornal, que a cidade ficava longe demais da Freguesia do Ó, e as pessoas tinham que utilizar veículos com tração animal até a Água Branca, onde faziam baldeação e tomavam o bonde. Para chegar até a Água Branca era necessário passar por seis pontes de madeira, a maior sobre o rio Tietê, as menores ficavam sobre córregos menores e sobre áreas inundáveis. Além da dificuldade das águas, outro transtorno, eram as porteiras da passagem de nível sobre as estradas de ferro. Surgiram as primeiras Jardineiras que eram conduzidas pelo próprio dono, até que em 1931 foi instituida a primeira linha regular de transporte de passageiros, que ia até o centro da cidade.
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