Herói da juventude - Mudança de Valores e Sonhos
Leandro Silva Batista


Quais os caminhos e para onde conduzirão nossa juventude?

Estava parado aguardando o ônibus no Jardim Guarani, quando ouço um garoto dizer: O capitão nascimento é o cara!
Observei espantado a felicidade do jovem ao contar as cenas de violência exibidas no filme, o massacre no morro, as invasões da favela, torturas, etc.
O que mais marcou aqueles 15 minutos em que fiquei na parada de ônibus foi quando o rapaz disse que gostaria de ser igual ao temido capitão. Antes os jovens se espelhavam nas boas ações de seus pais e os tinham como ídolos, aprendiam com seus gestos e palavras. Com o tempo isso foi morrendo, tal como a flor que vai murchando aos poucos, e tendo suas cores substituídas pelas cores da TV e sua cultura inútil (eu trabalho em TV!!!).
O jovem é mostrado como um ser acéfalo que dedica sua vida a bebida, curtição e sexo irresponsável. Vendem heróis a todo o momento, o curioso é que nenhum desses heróis defendem o direito da juventude, pelo contrário, denigrem e massacram os jovens, e o “herói” Nascimento é um deles. Infelizmente não percebemos que nosso super-herói não se importa com a origem e os problemas dos moradores do morro quando invade a favela com armas em punho, pois sua missão é simplesmente “invadir a favela e deixar corpo no chão” (grito de guerra do BOPE). E mesmo assim achamos ele “da hora”.

Incrível a mudança de valores e sonhos!
O jovem do Jardim Guarani, “morador do morro”, não percebe que ele poderia ser uma vítima do seu herói que jamais poria seu peito à frente de uma bala para lhe salvar, pois a visão que temos daquele que dá a vida pelo outro é louco, e não herói. Portanto, Cristo não é mais meu herói e nem quero me espelhar em alguém que é capaz de se doar para salvar aqueles que ama, tampouco imitar tal ato, talvez seria capaz de dar tiros em pobre, mas não em morrer por eles. Cristo deve ser nosso espelho, nosso caminho e vida. É ele que nos liberta para uma vida nova - sem falsos ídolos e valores, nos convida a conversão revelando que não precisamos nos espelhar em falsos heróis por sermos um reflexo de Deus, pois somos feitos à sua imagem e semelhança.

Esta crítica foi baseada no filme "Tropa de elite"


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